quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tino Freitas na Livraria NOVE SETE (SP)


Em setembro de 2011 tive a alegria de me apresentar no palco da Livraria NOVE SETE (a foto acima reproduz detalhe da ilustração que orna o palco), em São Paulo. Um lugar super especial, com um acervo riquíssimo de Literatura Infantojuvenil. Nesse dia, além da companhia da querida Ana Paula (da Casa de Livros), que me ciceroneou naqueles dias paulistas, encontrei o querido Renato Coelho - que me presenteou com o primeiro OS TRÊS PORQUINHOS DE PORCELANA (il. Walther Moreira Santos, Melhoramentos) - e a querida Cristiane Rogério, que ainda não havia assistido ao show. Dias depois tive a alegria de ler o seu olhar de jornaista e leitora apaixonada sobre o que viu, publicado na sua coluna no SITE DA REVISTA CRESCER. Para mim, foi como receber uma fotografia de um amigo feita a partir de um ângulo até então desconhecido. Gostei bastante. Hoje, o show mudou um pouquinho, mas sigo ainda mais apaixonado por livros. Aos queridos leitores desse blog, reproduzo o texto da Cris logo abaixo. Obrigado, Cris, por ofertar seu olhar sobre esse trabalho que faço com tamanho carinho e respeito aos leitores. Até breve. Hakuna Matata!!!

O QUE TEM ESCONDIDO NOS LIVROS
Contar uma história com um livro em mãos pode ser um desafio, mas também uma grande aventura

por Cristiane Rogério

Muito atrasada, sábado passado assisti pela primeira vez a uma apresentação do músico, jornalista e há alguns anos escritor de literatura infantil Tino Freitas. Cearense que vive em Brasília, conheci Tino pelo trabalho que ele e sua esposa, a educarora Ana Paula, fazem próximo à região que moram, o respeitado projeto Roedores de Livros. Você pode acompanhar tudo aqui no roedoresdelivros.blogspot.com.

O show de Tino aconteceu na Livraria da Novesete, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, dedicada às crianças. Dezenas delas estavam lá, sentadinhas como eu, à espera da apresentação que prometia música e contação de histórias. Com seu jeito engraçado e colorido, Tino puxou a turma para cantar com ele canções conhecidas e outras daquelas que pede a participação da plateia. Estavam todos entregues, mas o mágico mesmo acontecia quando ele abria um livro.

Eu realmente fiquei impressionada. Por mais que eu conhecesse as histórias, Tino dava um movimento ao livro como nunca vi. A gente assistia a tudo como se víssemos algum tipo de teatro: as ilustrações dançavam à nossa frente. Você via o livro o tempo todo, mas o potencial de suas páginas estava ampliado muitas vezes. Encantador.

Ele começou com o sensacional É um Ratinho?, da coleção O que é o que é, do belga Guido van Genechten. Para quem não sabe, é um livro de uma página só de 70 cm, que vai se abrindo e mostrando ao leitor um novo bicho a cada dobra. As crianças enlouqueceram com o suspense e as brincadeiras que nasceram a partir da história deste livro sem nenhuma palavra. Depois ele contou outros, como o Cadê o Juízo do Menino, de autoria dele e que entrou para a lista dos melhores livros publicada em 2010. E na história de Eric Carle, Uma Lagarta Comilona (da lista publicada em 2011), Tino tinha uma versão americana que ainda não temos aqui em que os pop-ups fazem o livro ficar ainda mais interessante em uma apresentação como esta. A borboleta no final do livro voou nas mãos de Tino. E as crianças – e acredito que nem os pais – perceberam que o idioma nele não era português.

O que ele tem – além, claro, de ser um ótimo artista? Paixão pelos livros. Ele lê/conta o que gosta, estava muito claro isso. E é essa paixão que falo tanto. A criança percebendo esse amor por aquela leitura vai se encantar também. Com você – por você estar fazendo aquilo por ele – e com a história. Experimente. 



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